O diàrio jà nos diz que passaram 5 dias desde que saltamos o Oceano para estas partes... As nossas memòrias... dizem-nos que passaram muitos mais dias... As 24 horas sao vividas com màxima intensidade, nao com pressa ou despacho, com intensidade.
A Colombia continua o mesmo paìs amavel e verde... De natureza imponente, montanhas escorridas e ricas de vida. Pessoas mais que simpaticas... amaveis... prestaveis... unicas... uma forma surpreendente de ser, que ao inicio algumas pessoas estranham e desconfiam de tanto que dao.
No dia em que chegamos, vencidos pelo cansaco e pelo atraso do aviao de Caracas para Medellin, ficamos a dormir em Rio Negro, uma cidade "pequena" de 1 milhao de habitantes. Resolvemos sacudir o rabo quadrado de tantas horas de vertigem de aviao. Um jogo de bilhar! Nada melhor... num cafè, no meio da praca bolivar (nao fossemos estar na colombia: as pracas principais chamam-se bolivar, nao todas, mas quase)... Entrada. Pedido de bolas. Jogar. Questao de meia hora tinhamos dois excelentes jogadores de bilhar de 3 tabelas a apresentarem-se: el doctor y el engeñero. Dois personagens de livro ou documentario, escolha-se que serve, ou misturem-se as duas, que estara melhor ainda. Trocamos avidamente informacoes... sobre as profissoes, sobre os paises, sobre as culturas...
El engeñero (mecanico, o pormenor) è um bom viva... nada mais que um bom viva. El doctor esta a tratar dos papeis para ir trabalhar para espanha... nem quero imaginar o que se passa na cabeca destas gentes... Que amam o seu pais, os seus ritmos, as suas culturas... QUe sentem quando decidem que tem de partir? E que nao partem porque sentem que querem, que isso lhes pede a vonatde... Partem porque querem amis dinheiro para pagar os estudos dos filhos, para pagar a sua casa, ou uma ropa melhor, que seja! Que sentem quando chegam la e nao encontram a terra prometida de que tanto lhes falaram? Que pensam nos primeiros caprichos do Inverno? Adiante... El doctor e uma pessoa calma, interessada, conversador... So mesmo o facto de compatirem anos do colegio juntos e o bilhar poderia unir na amizade pessoas tao diferentes uma da outra. Pagaram-nos uma cerveja. Mais uns minutos de conversa... À meia noite, o dono do bar poe-nos na rua... a partir dessa hora e perigoso estar a aberto. Que e perigoso irmos assim sozinhos para o hotel... Que nos levam de carro. E como sempre acontece nestas coisas, senti que podia confiar... o Pedro sentiu igual... fomos. (avaliamos duas ou tres vezes a confianca que estavamos a sentir, relaxem os pais, os avos, os tios e todos os demais!)
E estavamos a ir... mas o engeñero descobriu que a ultima comida que tinhamos no estomago era a do aviao. Nao nos podiamos ir deitar assim. Nao?! Nao! E fomos antes de ir... comer... Chorro de pollo con arepa. Entretanto, ao dono do bar, pesava-lhe a consciencia... Convidou-nos para um rum... Ali no meio da praca, num bar improvisado num carrinho de compras, modelo hipermercado... recheado de tudo o que consiga imaginar uma pessoa com creatividade. So depois nos deixaram no hostal... E mais nada. Nao nos deixaram pagar fosse o que fosse. Assim tem sido os colombianos que eu conhecia e todos os que temos conhecido.
E os dias tem passado assim, cheios destes acontecimentos, pessoas que se vao cruzando nos nosso caminho e nos no deles... Todos interessantes, mas com potencial para se tornarem massadores se descritos assim: na sua totalidade e com todos os pormenores.
Neste momento, estamos em Santa Rosa, em pleno coracao do Eje Cafetero. Estamos numa finca (quinta) de sonho, que temos por nossa conta... cedida pelo Henry, um dos tios do Felipe... O colombiano que se casou no sàbado... Outra aventura... Sem esquecer a serenata na vespera do casamento: com Mariachis... tudo a preceito. Gentes a fluir para dentro da casa da noiva ate nao dar mais... e no fim disso, ainda deu mais um bocadiho, porque eramos muitos e todos queriam ver os mariachis, e a noiva a chorar, e o noivo a beija-la, e as pessoas todas a cantar e dancar... como podiam... Corpos quentes da felicidade, da musica, do rum e da aguardente... que as almas aqui sao exigentes e estas festas querem-se bem regadas... e querem-se frequentes.
Entao... Santa Rosa e uma quinta por conta. Finalmente conseguimos acesso a internet que caminhe, que de rendimento para escrever... para dar alguma vida a este blog que se tem mantido com voces, com os vossos comentarios, que muito nos agradaram, que muito agradecemos, que muito queremos continuar a ver...
Hoje o despertar foi às 6h30 da matina! Fomos fazer uma caminhada ate uma cascata: Chorro de Lolo... Embrenhamo-nos pelo meio das montanhas, pelo verde imponente, que passou a selva, que passou a ribeira, que passou a selva na ribeira, que passou a cascata mais acima...
O destino inicial eram umas minas, com descricao de caminhadas muito mais animadas e aliciantes, muito mais plenas de aventura... Mas avisaram-nos que hà uns 6 meses foi vista guerrilha nessa zona. Resolvemos nao arriscar, portanto rumamos as cacatas, que nos disseram ser seguras.
A internet, conseguimo-la em casa dos donos da Finca. Temos passado os dias com gente que se preocupa em proporcionar-nos boas experiencias, toda a familia do Felipe se tem encarregue de nos com uma organizacao impressionante, dando-nos ar e espaco para nos e as nossas descobertas sozinhos.
Estamos, obviamentes, a frever em reflexoes, projectos e novos sonhos... POrque e sempre assim, comigo. Com ele. Os dois juntos... hum! a ver se nao explodimos de projectos antes do meio da viagem.
Amanha rumamos para detinos mais a sul, mas ainda na Colombia.
Este pais tem um potencial impensavel, mil recursos naturais, totalmente virgens, uma pedra em bruto, com toda a beleza que as pedras em bruto tem. Ha mil coisas para fazer, mil climas diferentes, mil ecossistemas para conhecer. Milhentas pessoas dispostas a acompanhar, aconselhar, a dar, a receber.
Um pais com problemas, bem conhecidos, por vezes exagerados, mas estao ca, nao se devem ignorar... Em todo o caso, aqui nao ha so guerrilha, paramilitares e coca... Tomadas as precaucoes, e um pais completamente normal... E as precaucoes a tomar sao tao simples como estas: estou a pensar ir atè aqui, esta bem ou ha perigo? E logo dizem... Com sorte, ainda se ganha um guia... ou um amigo.
A Colombia continua o mesmo paìs amavel e verde... De natureza imponente, montanhas escorridas e ricas de vida. Pessoas mais que simpaticas... amaveis... prestaveis... unicas... uma forma surpreendente de ser, que ao inicio algumas pessoas estranham e desconfiam de tanto que dao.
No dia em que chegamos, vencidos pelo cansaco e pelo atraso do aviao de Caracas para Medellin, ficamos a dormir em Rio Negro, uma cidade "pequena" de 1 milhao de habitantes. Resolvemos sacudir o rabo quadrado de tantas horas de vertigem de aviao. Um jogo de bilhar! Nada melhor... num cafè, no meio da praca bolivar (nao fossemos estar na colombia: as pracas principais chamam-se bolivar, nao todas, mas quase)... Entrada. Pedido de bolas. Jogar. Questao de meia hora tinhamos dois excelentes jogadores de bilhar de 3 tabelas a apresentarem-se: el doctor y el engeñero. Dois personagens de livro ou documentario, escolha-se que serve, ou misturem-se as duas, que estara melhor ainda. Trocamos avidamente informacoes... sobre as profissoes, sobre os paises, sobre as culturas...
El engeñero (mecanico, o pormenor) è um bom viva... nada mais que um bom viva. El doctor esta a tratar dos papeis para ir trabalhar para espanha... nem quero imaginar o que se passa na cabeca destas gentes... Que amam o seu pais, os seus ritmos, as suas culturas... QUe sentem quando decidem que tem de partir? E que nao partem porque sentem que querem, que isso lhes pede a vonatde... Partem porque querem amis dinheiro para pagar os estudos dos filhos, para pagar a sua casa, ou uma ropa melhor, que seja! Que sentem quando chegam la e nao encontram a terra prometida de que tanto lhes falaram? Que pensam nos primeiros caprichos do Inverno? Adiante... El doctor e uma pessoa calma, interessada, conversador... So mesmo o facto de compatirem anos do colegio juntos e o bilhar poderia unir na amizade pessoas tao diferentes uma da outra. Pagaram-nos uma cerveja. Mais uns minutos de conversa... À meia noite, o dono do bar poe-nos na rua... a partir dessa hora e perigoso estar a aberto. Que e perigoso irmos assim sozinhos para o hotel... Que nos levam de carro. E como sempre acontece nestas coisas, senti que podia confiar... o Pedro sentiu igual... fomos. (avaliamos duas ou tres vezes a confianca que estavamos a sentir, relaxem os pais, os avos, os tios e todos os demais!)
E estavamos a ir... mas o engeñero descobriu que a ultima comida que tinhamos no estomago era a do aviao. Nao nos podiamos ir deitar assim. Nao?! Nao! E fomos antes de ir... comer... Chorro de pollo con arepa. Entretanto, ao dono do bar, pesava-lhe a consciencia... Convidou-nos para um rum... Ali no meio da praca, num bar improvisado num carrinho de compras, modelo hipermercado... recheado de tudo o que consiga imaginar uma pessoa com creatividade. So depois nos deixaram no hostal... E mais nada. Nao nos deixaram pagar fosse o que fosse. Assim tem sido os colombianos que eu conhecia e todos os que temos conhecido.
E os dias tem passado assim, cheios destes acontecimentos, pessoas que se vao cruzando nos nosso caminho e nos no deles... Todos interessantes, mas com potencial para se tornarem massadores se descritos assim: na sua totalidade e com todos os pormenores.
Neste momento, estamos em Santa Rosa, em pleno coracao do Eje Cafetero. Estamos numa finca (quinta) de sonho, que temos por nossa conta... cedida pelo Henry, um dos tios do Felipe... O colombiano que se casou no sàbado... Outra aventura... Sem esquecer a serenata na vespera do casamento: com Mariachis... tudo a preceito. Gentes a fluir para dentro da casa da noiva ate nao dar mais... e no fim disso, ainda deu mais um bocadiho, porque eramos muitos e todos queriam ver os mariachis, e a noiva a chorar, e o noivo a beija-la, e as pessoas todas a cantar e dancar... como podiam... Corpos quentes da felicidade, da musica, do rum e da aguardente... que as almas aqui sao exigentes e estas festas querem-se bem regadas... e querem-se frequentes.
Entao... Santa Rosa e uma quinta por conta. Finalmente conseguimos acesso a internet que caminhe, que de rendimento para escrever... para dar alguma vida a este blog que se tem mantido com voces, com os vossos comentarios, que muito nos agradaram, que muito agradecemos, que muito queremos continuar a ver...
Hoje o despertar foi às 6h30 da matina! Fomos fazer uma caminhada ate uma cascata: Chorro de Lolo... Embrenhamo-nos pelo meio das montanhas, pelo verde imponente, que passou a selva, que passou a ribeira, que passou a selva na ribeira, que passou a cascata mais acima...
O destino inicial eram umas minas, com descricao de caminhadas muito mais animadas e aliciantes, muito mais plenas de aventura... Mas avisaram-nos que hà uns 6 meses foi vista guerrilha nessa zona. Resolvemos nao arriscar, portanto rumamos as cacatas, que nos disseram ser seguras.
A internet, conseguimo-la em casa dos donos da Finca. Temos passado os dias com gente que se preocupa em proporcionar-nos boas experiencias, toda a familia do Felipe se tem encarregue de nos com uma organizacao impressionante, dando-nos ar e espaco para nos e as nossas descobertas sozinhos.
Estamos, obviamentes, a frever em reflexoes, projectos e novos sonhos... POrque e sempre assim, comigo. Com ele. Os dois juntos... hum! a ver se nao explodimos de projectos antes do meio da viagem.
Amanha rumamos para detinos mais a sul, mas ainda na Colombia.
Este pais tem um potencial impensavel, mil recursos naturais, totalmente virgens, uma pedra em bruto, com toda a beleza que as pedras em bruto tem. Ha mil coisas para fazer, mil climas diferentes, mil ecossistemas para conhecer. Milhentas pessoas dispostas a acompanhar, aconselhar, a dar, a receber.
Um pais com problemas, bem conhecidos, por vezes exagerados, mas estao ca, nao se devem ignorar... Em todo o caso, aqui nao ha so guerrilha, paramilitares e coca... Tomadas as precaucoes, e um pais completamente normal... E as precaucoes a tomar sao tao simples como estas: estou a pensar ir atè aqui, esta bem ou ha perigo? E logo dizem... Com sorte, ainda se ganha um guia... ou um amigo.
Etiquetas: Caminhada, Colombia, curiosidades, Eje Cafetero, Reflexão, Santa Rosa, Viagem
Mais uma tentativa para ficar algo escritinho aqui neste lugar que é onde tem que ficar...
Com este tão fácil descrever,pessoas, vivencias e até paisagens (as fotografias vieram ajudar, são uma outra forma de relato)...torna-se um filme e os meus olhos.
Beijocas
Silvina